por Flávio Santos
João 15
O Evangelho de João apresenta aos seus leitores, os sete atributos de Jesus. São os sete Eu Sou do Evangelho de João. Essas qualidades foram evocadas por Jesus. São verdades acerca da sua pessoa e obra.
Eu sou o pão da vida. Eu sou a luz do mundo. Eu sou a porta. Eu sou o bom pastor. Eu sou a ressurreição e a vida. Eu sou o caminho, a verdade, e a vida. Eu sou a videira verdadeira.
Eu sou a Videira Verdadeira é o último dos sete Eu Sou e acontece após a última ceia com os seus discípulos. A Palavra sobre a Videira acontece no período do seu ministério em que sua atenção é voltada exclusivamente para os seus discípulos. Se do capítulo 1 ao 12, Jesus está mostrando a sua glória a mundo, dos capítulos 13 ao 18, a sua glória é para os discípulos.
A Palavra sobre a Videira Verdadeira faz parte das últimas instruções para os discípulos e chama a atenção aos leitores para as verdades contidas nela. São revelações importantes para os discípulos produzirem fruto para a vida.
O fruto que o ramo produz é o amor, e à partir desse fruto os outros frutos são produzidos. Tudo segundo a necessidade de quem se alimenta do fruto da Videira.
A Videira é Verdadeira e como o Caminho também é verdade, a Videira é vida para os ramos e vida para o mundo por meio do fruto. Mas existe um perigo na relação dos ramos com a Videira. O perigo de apenas estar, mas não permanecer.
Jesus ao dizer que é a Videira faz um alerta sobre as pessoas que estão Nele, mas não permanecem Nele. Ele diz que essas pessoas não dão fruto, que serão cortadas, que serão jogadas fora e secarão e que serão lançadas no fogo e queimadas.
Por outro lado, as pessoas que permanecem na Videira produzem fruto e, em vez de serem cortadas, são podadas para produzirem mais fruto. A palavra permanecer aparece 11 vezes nesse capítulo e isso releva a importância de não se desconectar de Jesus um só momento. O chamado para o ramo é de permanência.
Ao permanecer na Videira, o discípulo é podado pelo Lavrador do amor. E a ferramenta para a poda é a Palavra. É a Palavra que efetua as podas necessárias nos ramos. Por isso, a necessidade na vida do discípulo de leitura, meditação e reflexão na Palavra. Quando o discípulo permanece na Videira, Jesus permanece Nele. É uma troca de Vida. É Vida na vida e vida na Vida.
O fruto produzido pelo ramo é para a vida, para as pessoas, para o mundo. Para que eles creiam na Videira e sejam conectados Nela e tenham a sua vida transformada. No processo de frutificação, o ramo da videira recebe bênçãos importantes por sua produção: Orações respondidas, uma vida para a Glória do Pai, o amor do Pai e a Sua alegria completa.
É interessante notar que a conexão na Videira e a produção do fruto que permanece não foi escolha nossa. Foi escolha de Jesus. Não temos o poder de nos conectar na Videira. A nossa conexão como ramos é milagre da graça. Assim, a conexão, a permanência e a produção de fruto é graça do Pai que está trabalhando no ramo da Videira. E, por esta graça, como ramos, trabalhamos também. Na benção da seiva da Videira e na poda do Lavrador.
Glória ao Lavrador, à Videira e ao Consolador!
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