por Flávio Santos
Efésios
2.4-10
Lutamos para sermos aceitos pela sociedade secular, pela sociedade religiosa, pela sociedade evangélica, pela sociedade que vive apenas o Evangelho e, também, lutamos até para sermos aceitos pela sociedade divina: Pai, Filho, Espírito Santo e os seres angelicais.
Trabalhamos pela aceitação. Isso nasceu conosco e, se não conhecermos o Evangelho, vai morrer conosco.
Agora, será que com Deus é assim mesmo, preciso fazer um monte de coisas para ser aceito. Não! O Evangelho nos mostra que Ele nos aceita pelo seu amor. Sem luta, sem trabalho, sem obras. Sem qualquer merecimento. Somos aceitos pelo amor.
Amor que nos aceitou em Cristo Jesus. Fomos vivificados juntamente com Cristo. Fomos ressuscitados juntamente com Cristo. Fomos assentados nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Somos alvos da graça de Deus pela bondade em Cristo Jesus. Fomos criados em Cristo Jesus para boas obras. Fomos aceitos em Cristo Jesus, mesmo estando mortos no pecado, na impossibilidade humana de realizar qualquer obra que nos fizesse ser aceitos por Deus. No momento em que descansamos na Obra de Cristo, vivemos na plenitude da aceitação pelo amor.
Amor que nos aceitou pela graça. A graça é a suprema riqueza de Deus que nos foi dada como dom imerecido. É graça para ter acesso à graça! É Deus operando a salvação segundo a Sua essência, não levando em consideração a nossa essência corrompida e depravada. Nenhuma obra humana pode abrir uma estrada de aceitação diante de Deus. Obras humanas são trapos de imundícia.
Fiódor Dostoievski, em crime e castigo, capturou o Evangelho da graça quando disse: “No último julgamento Cristo nos dirá: ‘Vinde, vós também! Vinde, bêbados! Vinde, vacilantes! Vinde, filhos do opróbrio!’. E nos dirá: ‘Seres vis, vós que sois a imagem da besta e trazem a sua marca, vinde porém da mesma forma, vós também!’ E os sábios, e prudentes dirão: ‘Senhor, por que os acolhe?’ E Ele dirá: ‘Se os acolho, homens sábios, se os acolho, homens prudentes, é porque nenhum deles foi jamais julgado digno’. E Ele estenderá os seus braços, e cairemos a seus pés, e choraremos e soluçaremos, e então compreenderemos tudo, compreenderemos o Evangelho da graça! Senhor, venha o teu Reino”.
Amor que nos aceitou pela fé. A fé não é o início, muito menos o fim da nossa aceitação. É o meio pelo qual fomos aceitos por Deus. A fé, assim como a salvação e graça, não vem de nós, é dom de Deus. Doação de amor. Não nascemos com a fé, nascemos com a crença. A fé vem de Deus, como dom, pelo ouvir a Palavra do Evangelho. Pela fé tomamos posse da herança de Deus para nós. Quando ouvimos o Evangelho, temos fé para sermos aceitos por Deus.
Amor que nos aceitou para a Glória de Deus. Fomos aceitos por Ele e para Ele, pois dEle são todas as coisas. Cristo, graça, fé e amor vêm de Deus, e isto deve retornar para Ele como Glória e Honra. Tudo o que Deus fez para que fôssemos aceitos é para sua Glória. E nós, como poemas Dele e, nossas boas obras, preparadas por Ele, são para glória Dele. Deus não divide a sua glória com ninguém.
Devemos aceitar a verdade de que somos aceitos, não por nossas obras espirituais e religiosas, mas simplesmente pelo amor de Deus em Cristo Jesus somente, pela graça somente, por meio da fé somente, pela Escritura somente e para a glória de Deus somente.
Aceite, seja aceito e descanse no Amor de Deus.
Apenas no Evangelho, que somos aceitos pelo amor de Deus.
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