por Sandro VS
Final do ano se aproxima e com ele os mantras, as simpatias, as crendices e as simbologias. Sete pulos em sete ondas do mar, barquinhos oferecidos nestas mesmas águas a divindades na esperança de que o mundo conspire em meu favor no ano que vai se iniciar, roupas brancas para atrair a tão sonhada paz são só alguns dos atos místicos exercidos nesta data.
Mas, existe uma pratica pior, executada por quem persegue e critica os que observam os mantras, as simpatias, as crendices e as simbologias citadas acima. Refiro-me ao uso de expressões extrabíblicas para significar um futuro garantido como "eu profetizo que...", "eu declaro que...", "eu tomo posse de...", "eu não aceito a...", "diga para si mesmo que..." e tantos outros mantras de um "evangeliquês" anormal e místico que cresce em nosso meio.
Tudo isso por que a bíblia ainda é mais um amuleto entre tantos outros que são oferecidos como garantia de um futuro melhor.
Para a maioria o que o Evangelho anuncia é que Cristo Jesus foi à cruz para fazer com que o mundo mudasse a sua disposição para com quem professa a fé cristã, como se depois de erguer a mão, fazendo um favor ao Pai aceitando o Filho como salvador, Deus ficasse obrigado a fazer com que a existência conspire em favor deste.
A má notícia é que o Evangelho nunca prometeu tal vitória, mas sim, uma única conquista que poderia valer uma crucificação que dividiu a história, ou seja, a boa notícia anunciada pelo Evangelho é que, por mais que a existência continue existência depois da fé, é nos garantido a mudança do nosso ser diante dela.
Portanto, o mundo não mudará sua disposição em relação a nós quando profetizarmos, tomarmos posse ou rejeitarmos o que quer que ele nos ofereça, mas o efeito da obra suficiente da cruz é que transformará nosso ser em relação a tudo que nos possa acontecer em nossa realidade vivida.
Assim, o convite é para que paremos de usar as Escrituras como mantra, simpatia, crendice, passe, pensamento positivo ou alegoria e deixemos que o Cristo se torne caminho, verdade e vida em nós, pois só assim trocaremos a espera de um ano novo que anseia uma vida nova, pela nova vida realizada de uma vez para sempre em nós não nos importando quantos anos ainda possuímos pela frente.
Paremos hoje de nos condenar naquilo que sentenciamos!
Pois quem crê APENAS no EVANGELHO não espera um novo ciclo para almejar algo novo da vida, mas se deixa ser possuído por uma nova vida que enfrenta a existência com a careta que ela se apresentar.
Soli Deo Glória!
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