Quando vos levarem às sinagogas, aos magistrados e às autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de responder, nem com o que haveis de dizer. Porque o Espírito Santo vos ensinará na mesma hora o que deveis dizer.
Lucas 12:11-12
por Sandro VS
Ontem assisti ao filme que virou assunto nos últimos dias, principalmente entre os cristãos. E como o filme é classificado como cristão não há como assisti-lo sem aplicar uma visão bíblica e teológica, pois não existe outra maneira de avaliar a autenticidade de algo assim categorizado.
Pelo que entendi, o filme é feito com base em processos jurídicos onde alguns alunos cristãos foram condenados por se confessarem evangélicos em universidades americanas, também entendo que o tema, assim como o título do filme, gira em torno da antiga afirmação, "DEUS ESTÁ MORTO", feita pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche e que, segundo o professor ateu do filme, não quer dizer, necessariamente, que alguém matou Deus, mas sim, que ele nunca existiu (se Nietzsche quis dizer isso ou não, isso não é assunto para este post) e que também além destes dois intentos, o filme traz histórias paralelas e significativas ao enredo.
Como disse no inicio, assisti ao filme aplicando minha visão teológica e como não a escondo de ninguém, me incomodou muito a incisiva perspectiva arminiana que toma conta script (fique a vontade para discordar).
Mas o que mais me decepcionou foi ver a velha motivação dos cristãos quando a idéia é afirmar a fé, isto é, o filme está, explicitamente ou não, saturado da expressão "Deus precisa que alguém o defenda!".
O texto citado acima afirma que o que aconteceria com discípulos/apóstolos e a nós quando questionados sobre nossa fé e levados a força para fundamentá-la é que não precisaríamos temer, pois o Espírito Santo nos auxiliaria.
Mostrando que, apesar de todos os argumentos teológicos e bíblicos que aprendemos ao longo da nossa carreira como discípulos, a aplicação de tudo é obra do próprio Deus, e isso não para a defesa de sua idoneidade, mas para a nossa segurança.
Assim, entrar em uma discussão de idéias para tentar defender a Deus é inverter os papéis, ou seja, é supor que Deus seja vulnerável e ao mesmo tempo abrir mão da proteção garantida pela sua advocacia.
Não estou dizendo aqui que estes alunos não devam recorrer à justiça contra tais universidades por terem sua fé como objeto de reprovação não só intelectual, mas também acadêmica, pois, para isso existem os tribunais, isto é, para que o direito de todos seja respeitado.
Mas só estou dizendo que ateus não se renderão a Deus por que conseguiremos provar a eles a existência ou não de Deus, pois da mesma maneira que nunca conseguirei provar a alguém que Deus não está morto se não houver uma iluminação do próprio Deus ao coração deste, nunca alguém provará a mim que Deus morto esteja, pois ninguém pode ofuscar a iluminação que foi concedida.
É APENAS no EVANGELHO que entendemos que, em Cristo, foi Deus quem se constituiu nosso advogado.
Soli Deo Glória!
1 comentários
Caros leitores!
ResponderExcluirNão mantemos e nem respondemos comentários anônimos.
Obrigado!