por Hugo Costa*
Missões, na perspectiva de muitos, é levar o Evangelho de Jesus Cristo, com o propósito de implantar uma igreja dentro de uma visão ministerial e denominacional, não visando definitivamente o Reino de Cristo, mas, sim, levar uma placa, uma visão restritiva e parcialmente bíblica, o que a torna totalmente equivocada, pois, biblicamente, devemos entender que é anunciar a Cristo, que com sua morte e ressurreição dá a esperança ao mais vil pecador de receber a salvação, sendo chamado pelo poder do Evangelho a uma nova vida.
A verdade é que Deus não tem compromisso com placas, e sim com sua palavra, com Seu Reino. Ele não nos chamou a fazer prosélitos e sim discípulos de Jesus. Missões é um chamado de amor, por amor e para amar, transmitindo o que de graça e pela graça recebemos.
Nas duras palavras de John Piper: "Missões não é o alvo final da igreja, adoração é. Missões existem porque a adoração não existe. A adoração é o grande alvo não missões. Porque Deus é o proposito final, não o homem".
O fim de Deus é fazer seu nome conhecido e adorado por aqueles que jamais tiveram a oportunidade de ouvir a mensagem da esperança e de esperança.
O fim de Deus é fazer seu nome conhecido e adorado por aqueles que jamais tiveram a oportunidade de ouvir a mensagem da esperança e de esperança.
"A verdade é que as pessoas estão mais preparadas para ouvir o evangelho do que nós para pregá-lo", os campos estão brancos, os frutos estão maduros, então porque não ir e anunciar as boas novas?
Deus, através do Evangelho, chamará os seus ao arrependimento e assim transformará bodes em ovelhas, inimigos em amigos, criaturas em filhos.
A verdade é que Deus sempre fará Sua obra, por isso não pensemos que os perdidos irão ser condenados se você não for pregar o Evangelho, muito pelo contrário, Deus não precisa de você para fazer a obra Dele, Ele lhe concede uma oportunidade. Outra verdade é que o missionário não está lá sozinho, mas sim juntamente com todos que contribuem e oram fielmente por seu ministério. Nossos bens e tempo, não podem ser mais bem investidos senão no Reino de Deus.
A obra missionária é, em uma perspectiva bíblica, não um chamado ao sucesso, mas, de certa forma, um chamado ao fracasso, sabendo que o missionário ao transmitir fielmente a mensagem da Cruz, pode ser totalmente rejeitado e talvez não veja almas se renderem a Cristo durante todo o seu ministério, o que seria para ele, (como homem), algo totalmente frustrante, contudo será, na visão do Evangelho, um pleno sucesso. Pois a mensagem foi anunciada e esses tiveram a oportunidade de ouvi-la, contudo, ao rejeitá-la, decretam a condenação deles.
Como Noé e a arca que o bom Deus o mandou fazer, assim são os missionários compartilhando do amor de Cristo. A porta da graça está aberta, mas um dia será selada pelo próprio Deus e todos que ficaram de fora, receberão sua ira.
Muitas igrejas, na visão do evangelho, estão de fato equivocadas, se preocupando com coisas fúteis, preocupados em promover templos, investindo em coisas e não no Reino de Deus que é extremamente amplo e sua invisibilidade é totalmente vista através da mensagem que dá pão e o Pão, que dá água e a Água, sem o propósito de barganha, e sim motivados pelo amor, o supremo dom de Deus em I Coríntios 13, a verdadeira marca do templo do Espirito Santo.
E para exemplificar e concluir o que digo, cito Jonh Stott:
"Certa vez, uma mulher desabrigada procurou um religioso e este prometeu orar por ela. A mulher então escreveu o seguinte poema:
"Certa vez, uma mulher desabrigada procurou um religioso e este prometeu orar por ela. A mulher então escreveu o seguinte poema:
Eu tive fome; e formaste um grupo humanitário para discutir minha fome.
Estive presa; e retiraste discretamente para tua capela e oraste pela minha libertação.
Estava nua; e na tua mente, questionaste a moralidade de minha aparência.
Estive enferma; e ajoelhaste para agradecer a Deus por tua saúde.
Estava desabrigada; e me falaste do abrigo espiritual, do amor de Deus.
Estava solitária; e me deixaste sozinha a fim de orar por mim. Parecias tão santo, tão próximo de Deus!
Mas eu ainda estou com fome... e sozinha... e com frio. (Mt 25. 36-40)".
Pr. Hugo Costa é Pastor Presbiteriano Renovado. Bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano Renovado de Cianorte-PR. Missionário na França pela MISPA.
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