Paulo, no capítulo citado acima, chama a atenção para o efeito proporcionado pela fé no Evangelho, isto é, estimulo em Cristo, consolação baseada no amor, comunhão do Espírito e sentimentos profundos de afeto e misericórdia. Se os filipenses possuíssem tais demandas oferecidas pela obra consumada da Cruz, poderiam viver sob uma tríplice diretiva que, em essência, fazia parte de um só mandamento, ou seja, UNIDADE (vers. 2), HUMILDADE (vers. 3) e SOLICITUDE (vers. 4). 

Para o apóstolo, toda a transformação do ser dependia apenas da associação entre a disposição de Deus revelada em Cristo e a resposta da fé a esta inclinação divina, pois somente estimulados em Cristo e vinculados ao Espírito viveriam unidos, somente consolados no seu amor seriam modestos a ponto de confessarem suas fraquezas, e somente entranhados de afetos e misericórdia dedicar-se-iam na assistência do próximo na mesma medida em que buscavam seu próprio socorro. Do contrario, não pensariam da mesma maneira, não teriam os mesmos sentimentos, agiriam por partidarismo, buscando serem uns maiores que os outros, tendo em vista seus interesses. 

A transformação do ser só é operada pela fé no Evangelho, crendo, que em Cristo, foi revelado o único caminho para que esta metamorfose se revele na vida, de maneira que, a complexidade do ser só se desfaz quando este crê, sincera e singelamente, na revelação do Evangelho e estende de maneira simples seus efeitos aos outros. 

É APENAS no EVANGELHO que a transformação total do ser acontece no intimo pela fé e se estende a outros em plena luz como resultado dela. 

Soli Deo Glória!