por Flávio Santos.
Leia Marcos 5.21-43
Leia Marcos 5.21-43
Jesus está indo à casa de Jairo, um homem muito importante em Israel, tocar em sua filhinha que estava morrendo. No caminho, Jesus não toca em ninguém, mesmo tocando em muitos, pois a multidão o apertava. O toque que Jesus deixa de dar é aquele que Dele sai virtude para realizar maravilhas, como o toque para levantar a menina do leito.
Em seu caminho para ministrar o seu toque de poder, Jesus é tocado por uma mulher que estava ali, junto com a multidão que, também, o tocava de várias maneiras. A diferença foi que a mulher o tocou com fé, pois precisava ser curada de sua hemorragia.
Quem era esta mulher que, com apenas um toque, faz com que de Jesus emanasse virtude? O Evangelho nos mostra que quem O tocou, foi uma mulher que:
Há anos enfrentava os sofrimentos impostos pela vida. Há dozes anos sofria de uma hemorragia incurável, vendo a sua vida escorrendo pelo sangue. Há doze anos sozinha, sem paixão, sem amor, sem família. Há doze anos sem sacerdote, sem sinagoga, sem comunhão.
Procurou a cura para sua doença no lugar naturalmente certo, mas não obteve êxito. Padeceu e gastou tudo o que tinha, porém não melhorou.
Ouvindo falar de Jesus, teve suas esperanças renovadas, crendo que se O tocasse seria curada.
Não olhou para si e para sua condição, mas olhou para Jesus, aproximou-se, tocou-lhe e foi curada.
A história poderia ter acabado aqui, e a mulher voltaria para sua casa e viveria sua vida como antes.
No entanto, Jesus não queria que a história acabasse naquele momento e que a mulher fosse para sua casa apenas curada, queria muito mais dela e daria muito mais a ela.
Queria que ela O conhecesse. A pergunta que Jesus faz para saber quem O havia tocado só faz sentido se realmente Ele não queria apenas ser tocado, em seu manto, por trás, mas queria que ela O visse de frente, O conhecesse olhos nos olhos e lhe contasse a sua história.
Queria que ela se prostrasse, em temor, reconhecendo a Sua divindade.
Jesus queria dar a ela, coisas mais importantes que a cura de sua hemorragia.
Queria dar filiação, pois a adotou em sua família chamando-a de filha.
Queria mostrar a ela que a fé é o meio é pelo qual se recebe a salvação, tanto no sentido de livramento dos males terrenos, quanto dos males eternos.
Queria que ela, de agora em diante, fosse, seguisse o seu caminho em paz, tanto a que apaziguaria a sua alma dos sofrimentos físicos e mentais, quanto a que apaziguaria a ira de Deus que a faria sofrer o mal do pecado.
Portanto, assim como esta mulher que o tocou e, por este toque, recebeu muito mais de Jesus, toquemos Nele e recebamos a virtude que nos fará receber infinitamente mais do que aquilo que pedidos ou pensamos.
Apenas no Evangelho, que somos convidados irresistivelmente a tocá-Lo.
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