CRUZ, GLÓRIA DE QUEM NÃO TEM NENHUMA GLÓRIA.
09:12Apenas Evangelho
Leiam Gálatas 6: 11-18
por Sandro VS
A carta as Gálatas é um apelo à liberdade, é um divisor que não só aponta o marco exato da transição da lei para a graça, como também torna este último estado definitivo.
Os judaizantes, ao observar os gálatas, viram neles presas fáceis para o seu labor e desejo irresistível em fazer prosélitos, todavia sabiam que uma vez Paulo tendo passado e feito discípulos de Cristo pela pregação do Evangelho, não teriam como desfazer o discipulado. De maneira que propuseram algo muito arriscado em seus corações, isto é, não pregar contra a graça suficiente de maneira explicita, mas anulá-la de maneira sutil, acrescentando a ela a lei.
O amor de Paulo pelos discípulos de Cristo na Galácia faz com que ele, depois de ter citado praticamente toda carta a um amanuense, tome a pena de sua mão e escreva em “CAPS LOCK” para seus amados: “VEDE COM QUE GRANDES LETRAS VOS ESCREVO DE PRÓPRIO PUNHO!”.
A saliência na conclusão da carta começa denunciando os legalistas judaizantes.
Primeiramente denuncia seu atrevimento ao desejarem cada vez mais angariarem convertidos após si e se elogiarem neles, ou seja, mesmo não tendo nada de bom dentro de si, desejam causar sempre uma excelente impressão no lado de fora e, assim, acabam por não realizar obra alguma para o bem da igreja ou para a glória de Deus, mas somente o fazem para a sua própria glória e promoção.
Depois denuncia sua contemporização com os que perseguiam Cristo e o Evangelho, isto é, para se dar bem com todos negociavam aquilo que reduz o pecador a nada, ou seja, a Cruz e suas implicações. Quando Cristo se revelou a Paulo, o apóstolo não só se identificou com a Cruz como também aceitou todos os efeitos dessa identificação, por isto era perseguido, pois pregava a graça como única fonte de salvação, eliminado assim, as obras da lei como um caminho para ela. Os legalistas, sem revelação alguma, se faziam passar por cristãos a igreja e por observadores da Lei aos judeus, para assim, evitarem serem perseguidos por causa da Cruz de Cristo e seu efeito devastador sobre a Lei.
Então, ainda em grandes letras, Paulo fala da única fonte de glória para quem foi conquistado pela graça, A CRUZ DE CRISTO.
Significando dizer que o prestígio do discípulo do Evangelho emana de onde ficou claro que ele não tem prestígio algum, que toda a honra da Cruz só revela que ele não tem do que se honrar. Enquanto os judaizantes se atreviam a terem seguidores e orgulhar-se neles, o Paulo conduzia pecadores a Cristo fazendo-os discípulos Dele e gloriava-se em não ter mérito nenhum nisto. Enquanto os judaizantes negociavam a fé em nome do ecumenismo, Paulo cada vez mais se mortificava na Cruz para não ter conluio algum com o mundo e toda a sua glória.
Quem vive para Cristo pela fé no Evangelho não tem problemas com o reconhecimento, pois sabe que nada mais importa senão viver para a glória de Deus. Não se importa com grandes ou pequenos resultados, pois sabe que se é graça, o resultado seja grande ou pequeno, é eficaz e duradouro. Sabe que tudo o que faz na proclamação do Evangelho não depende de seus esforços, mas do único esforço feito de uma vez para sempre na Cruz por Cristo Jesus, por isto, se orgulha em saber que não tem onde se orgulhar senão na graça que reduz todo o orgulho a nada.
Quem crê APENAS no EVANGELHO pode dizer com toda a fé e reverência, mesmo em grandes letras:
“QUANTO AO RESTANTE, QUE NINGUÉM ME IMPORTUNE, POIS TRAGO NO CORPO AS MARCAS DE QUE PERTENÇO A JESUS”.*
Soli Deo Glória!
*tradução literal para stigma no texto grego.
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