CARÁTER, O ÚNICO AVALISTA DA CREDIBILIDADE.

09:57Apenas Evangelho

Leiam Mateus 5: 33-37



















por Sandro VS


Quem nunca garantiu algo que disse, ou, algo que se comprometeu a fazer sob um juramento? Os juramentos ainda fazem parte da vida das pessoas sempre que estas precisam garantir alguma coisa importante, e urgente na existência. 



Nos tempos de Jesus a religião se valia e muito deste artifício. Os religiosos só não juravam pelo nome de Deus, pois temiam atrair condenação sobre si, mas em compensação, para garantir o que queriam, juravam por tudo que viesse à mente, ou que estivesse ao alcance dos olhos no momento solene do juramento. 

Estas palavras de Jesus, não só alertam para o perigo dos juramentos evasivos, como também, deixam claro que na boa nova da graça os juramentos são completamente desnecessários. 

Jesus não cita um texto específico da lei que proibia os juramentos em nome de Deus, mas mostra como os religiosos interpretavam tendenciosamente esta ordenança, isto é, não existia nada escrito a respeito de jurar por outras coisas ou por si mesmo, sendo assim, Jesus revela aqui como o coração do homem é corrompido, pois não só se propunham em não cumprir com suas promessas, como também estavam dispostos a fiar-se em qualquer coisa para obter crédito em suas mentiras. 

Jesus mostra o erro crasso destes juramentos, citando três expressões corriqueiras que iniciavam alguns: “juro pelo céu e pela terra que...”, “jamais seja feliz Israel se...” e “juro por minha cabeça se quando...”. A ideia era que, se ao usar o nome de Deus, automaticamente estariam o colocando como parte na transação, se jurassem sem mencionar seu nome, tirariam-no do assunto. 

O princípio que Jesus estabelece é tão claro que parece até desnecessário, ou seja, Ele afirma que, independentemente da intenção que alguém pudesse ter de colocar Deus como parte de seus negócios ou não, era absolutamente impossível mantê-lo fora deles, pois Deus está presente em todas as transações que se possa fazer entre o céu e a terra, portanto, até nossas próprias cabeças em realidade não nos pertencem, porque não podemos tornar um só de nossos cabelos branco ou preto. Não há nada neste mundo que não seja de Deus, portanto, mencione-se ou não o Seu nome, Ele estará presente de qualquer maneira. 

Jesus conclui dizendo que toda a garantia daquilo que se promete, se estriba no caráter de quem prometeu, isto é, se nossas conversas forem honestas e nosso caráter verdadeiro não haverá necessidade de usar qualquer outro recurso para fazer com que as pessoas acreditem em nós. A palavra do discípulo depende do seu caráter e juramentos não são capazes de compensar a falta dele. 

Por isto, Jesus, encerra com uma advertência tão importante quanto intrigante. Importante ao dizer que nosso falar deve sempre seguir o que a situação pede, ou seja, se o momento pede um sim de nossa parte devemos dizer sim, mas se pedir um não, devemos simplesmente dizer não. Intrigante ao dizer que se precisarmos de qualquer outro artifício estaremos incorrendo em um erro maligno, isto é, não fosse o mal os juramentos seriam desnecessários, mas quando precisamos de juramentos para as nossa palavras, ou quando pedimos que alguém jure como garantia do que diz, apenas revelamos a maldade que reside em todo o homem. 

O caráter moldado pela graça, quando exigido, nunca precisará se cercar de garantias, mas sempre garantirá e suprirá todas as exigências que lhe forem solicitadas. 

É APENAS no EVANGELHO que quem somos não depende de onde estamos. 

Soli Deo Glória!

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