TRAGÉDIAS, CASTIGO OU DESCUIDO DE DEUS?
09:29Apenas Evangelho
Leiam Lucas 13: 1-5
por Sandro VS
O Brasil todo ficou chocado com o ocorrido no sul do país neste final de semana, pois acordaram com a notícia de que alguns jovens que estavam se divertindo em uma casa de shows, assim como em outro final de semana qualquer, morreram após serem surpreendidos por fogo e fumaça. Mas, o fato é que mais uma vez na história do mundo uma nação sofre o impacto de uma tragédia, e mais uma vez diante destas tragédias fazem-se as mesmas perguntas. Nem o próprio Jesus foi poupado de presenciar tragédias, e, muito menos, das perguntas pertinentes a elas.
As fatalidades narradas aqui não possuem paralelos extrabíblicos, mas um fato histórico pode ser associado a uma delas, refere-se aos galileus que Pilatos assassinou em meio aos seus sacrifícios. Pilatos, governador romano na época, decidiu que Jerusalém necessitava de um sistema novo e melhor de abastecimento de água, mas, para financiá-lo, utilizou-se de recursos do templo. Uma multidão de judeus irados reuniu-se para protestar, o governador colocou soldados à paisana no meio deles usando armas escondidas, esses soldados, além de matarem muitos judeus inocentes e desarmados, também os misturaram aos seus sacrifícios pagãos, episódio que só fez aumentar o ódio dos judeus contra o governante romano.
A isso é acrescentado pelo próprio Jesus outra fatalidade, e esta parece menos oportuna, pois as dezoito vítimas, ao que parece, só estavam fazendo seu trabalho e, no entanto, morreram, isto é, não estavam protestando contra nada e ninguém.
A pergunta que não queria calar era: "Que teriam feito de tão mal para morrerem assim?".
Jesus passou a questão para um plano mais elevado, e ao invés de falar dos pecados destas pessoas, que na interpretação da maioria ali era a causa de suas mortes trágicas, tratou do pecado de todos. Ele afirma que as fatalidades que acontecem no mundo não podem ser sempre colocadas na conta de Deus, e mais, que é errado a qualquer ser humano assumir o papel de Deus e julgar as vítimas de tal fato, pois se esta regra de "maior pecado = morte trágica" se aplicasse a todas as tragédias, como se explicaria o sofrimento e morte do próprio Cristo?
Outra pergunta feita nestas ocasiões é: "Onde estava Deus nesta hora?".
Para esta pergunta reconto um episódio que me contaram.
Um pastor, depois de pregar um sermão sobre o amor de Deus e falar sobre o Seu cuidado irrestrito, foi interrogado por uma mulher antes ainda que cruzasse a porta da igreja. "Deus ama e cuida deste modo mesmo é?" perguntou ela. Ele, assustado, respondeu "sim, Deus ama e cuida", ao que ela com amargura replicou "então me responda: onde ele estava por estes dias quando meu filho foi assassinado inocentemente ao ser confundido com outra pessoa?". Serenamente o pastor respondeu: "Minha senhora, no dia em que seu filho foi morto inocentemente Deus estava sentado no mesmo trono de governo absoluto que esteve quando enviou o Seu Filho para morrer pelos pecados do mundo".
Se Deus castigasse os pecadores dessa maneira, todos nós seríamos vítimas de tragédias. Do mesmo modo, se em toda a tragédia que acontece pensarmos que Deus foi descuidado ou omisso, o que dizer de todo o seu amor revelado na cruz em Cristo Jesus?
A pergunta a ser feita não é: "Por quê morremos assim?". Mas, sim: "Que direito temos de viver?", pois ninguém é isento de pecado e todo o que peca deve morrer.
Não é a maneira de morrermos que importa, mas sim, o fato de que em Cristo podemos nos arrepender para sermos livres da morte, pois gente que nunca morreu antes está morrendo neste exato momento.
É APENAS no EVANGELHO que morrer significa apenas morrer.
Soli Deo Glória!
2 comentários
(pois gente que nunca morreu antes está morrendo neste exato momento...) ai Sandrão, humor discreto esse teu...kkkkk
ResponderExcluirÉ só um jeito descontraído de dizer que morte é apenas morte... rsrsrs... Abraços.
ResponderExcluirSandro VS