A UNIÃO DOS IRRECONCILIÁVEIS.

09:51Apenas Evangelho

Após amanhecer, chamou Jesus seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais chamou também de apóstolos: Simão, a quem também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu e Simão, conhecido como Zelote; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor.
Lucas 6: 13-16










por Sandro VS


A religião em Israel sempre foi dividida. 

Haviam muitas seitas religiosas muito influentes e outras menos influentes, mas todas estas seitas influenciavam de alguma forma a religião judaica, interpretando a lei de Deus de maneira particular e restrita. 

A maior e mais influente delas era a seita dos fariseus. Eram separatistas ou puritanos, se separavam de todas as más associações e tinham como fundamento teológico a Lei de Moisés e os profetas. Existiam também os saduceus que, apesar de menos numerosos, tinham o poder político e, portanto, apontavam a direção da vida civil do judaísmo. Tinham como fundamento teológico a Lei de Moisés que estava acima dos profetas. Outro grupo eram os essênios e estes constituíam uma fraternidade asceta, isto é, religiosamente legalista nos seus regulamentos e cerimônias. 

E havia também um último grupo chamado de zelotes. Estes eram nacionalistas fanáticos que defendiam a violência como o único meio de libertar Israel dos romanos. O credo deles era simples: Deus é o único Senhor, portanto, não se devem pagar tributos ao imperador de Roma. As vitimas preferidas destes lunáticos eram os publicanos, judeus contratados para cobrar impostos em nome de Roma. Estes eram tidos como traidores da pátria, pois na visão na maioria colaboravam com a força de ocupação estrangeira ajudando a extorquir sua própria nação. 

Este é o contexto. 

No texto citado acima vemos um homem chamado Mateus, que segundo outro texto (Mateus 9:9), era um publicano e outro chamado Simão, ao qual é acrescido o termo zelote, sendo chamados para caminharem após o Cristo e, consequentemente, juntos. 

A graça do Evangelho tem este poder, de fazer iguais os inigualáveis, de reduzir à míseros pecadores o extremista religioso e o libertino inconsequente, de transformar o zelo restrito e radical em um amor que responde ao próximo e reabilitar o larapio compulsivo a ponto deste doar amor aos outros. Tem o poder de fazer com que estes antes inimigos declarados, andem em comum acordo. 

A igreja é o lugar onde os opostos se atraem em um poder irresistível que iguala a todos em Cristo, é o lugar onde as facções devem ter fim e onde a única motivação para a união é o amor com fomos conquistados na cruz. 

Quem crê APENAS no EVANGELHO pode se igualar ao diferente em amor.

Soli Deo Glória!

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