ENTRE AMIGOS...
10:29Apenas Evangelho
(Leia João 12. 1 – 11)
Seis dias antes da Páscoa, alguns dias antes de morrer na cruz pelos seus amigos, Jesus visita-os, pois queria saber como eles estavam depois de conviverem com Ele por tanto tempo. Jesus partiria para o pai, e queria saber em que nível de amizade os seus amigos permaneceriam depois de Sua partida.
Em Betânia, na casa de Marta, Maria e Lázaro, Jesus está entre amigos. Até mesmo Judas, o traidor, é chamado de amigo por Jesus no Getsêmani: Amigo, a que vieste? Mt 26.50.
Nesta cena, cada um possui atitudes que demonstram a sua personalidade e o seu nível de intimidade, depois de algum tempo sendo amigo de Jesus.
Lázaro era o amigo que o amor de Jesus ressuscitou dentre os mortos. Era o amigo que continuava sendo aquele que recebeu o milagre, pois era conhecido como o que falecerá e a quem Jesus ressuscitara dos mortos. Assentado à mesa, na ceia, era o amigo que continuava sendo aquele que possui intimidade com Jesus. Por muitos crerem em Jesus, era o amigo que continuava sendo aquele que com a vida é testemunho da Vida de Jesus.
Marta era a amiga que o servia, e que continuava sendo aquela que preferia servi-Lo. Talvez não haja mal algum em servi-Lo, pois ao recebê-lo em casa, quem prepararia a ceia? É claro que no outro relato bíblico de Jesus em sua casa, Ele a repreende para que não ficasse ansiosa em muitos serviços, pois só uma coisa era necessária, estar aos Seus pés, ouvindo a Sua palavra. Nesta última ceia com o amigo Jesus, Marta nos mostra progresso, pois já não pede a Ele que mande Maria ajudá-la servir a ceia. Não há relato, mas, talvez, Marta após servi-Lo, foi para os Seus pés e escolheu a melhor parte.
Maria era a amiga que escolheu a melhor parte, e mesmo com o passar do tempo continuava escolhendo os pés de Jesus e Sua palavra. Mas, agora, Maria não quer apenas receber a Palavra, quer dar o melhor que tem a Jesus, por isso, unge os Seus pés em sinal de humildade, pois normalmente o óleo era usado para cabeça, não para os pés, com um perfume de nardo puro muito caro, e enxuga-os com os cabelos, de modo que, o cheiro do perfume da adoração enche toda casa. Marta, como da outra vez em sua casa, continuava sendo a amiga que Jesus reconhece as atitudes, pois diz, que para o dia da Sua sepultara ela guardou o perfume que ungiu os Seus pés.
Judas era o amigo traidor, e mesmo depois de ter a amizade de Jesus por tanto tempo, continuava traindo-O. Nesta última ceia com os amigos, lá está o traidor mantendo a sua aparência de amigo, sentado à mesa e conversando com Jesus, querendo como um bom amigo religioso, fazer caridade aos pobres. Judas, além de manter a aparência, queria vender o que era de Jesus, ou seja, Maria que encontrasse outra coisa para ungir, em adoração, os pés de Jesus. O nardo era muito caro para ser desperdiçado com Jesus, deveria ser vendido, e o dinheiro ir para o bolso do pobre ladrão. Judas, em obstinada traição nunca deixou de traí-Lo, mas Jesus, em obstinado amor, em suas últimas palavras dirigidas a ele, o chamou de amigo.
Isto posto, que as nossas atitudes demonstrem que somos amigos de Jesus, pois os amigos fazem o que Ele manda.
O nosso Amigo deu a Sua vida por nós. E continua não nos chamando de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor, mas de amigos, porque tudo quanto ouviu de Seu Pai, nos deu a conhecer. Jo 15.13-15
Apenas no Evangelho, que à mesa com Jesus, em uma ceia, revela quem são seus amigos verdadeiros.
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