por Flávio Santos
Há uma confusão muito grande sobre a consagração e ordenação de mulheres ao ministério pastoral. Este é um tema complexo que um post como esse não resolveria, aliás, nem um tratado teológico sobre o assunto resolveria o problema. Mas, aqui, trago algumas considerações sobre o meu apoio para a benção dos líderes sobre o ministério pastoral feminino.
Há denominações que não veem nenhum problema cultural, bíblico ou teológico para designarem mulheres para exercer o ministério pastoral com todas as suas manifestações ministeriais e burocráticas em suas igrejas. Isto quer dizer que a mulher é a pastora da Igreja em todos os aspectos.
Há denominações que, pautadas pela teologia e conceitos bíblicos, não aceitam o ministério pastoral feminino de maneira nenhuma.
Há denominações que pensam o ministério pastoral feminino em apoio ao masculino, ou seja, para servir à Igreja como pastora, a mulher tem que estar casada com um pastor, dessa forma a mulher se torna co-pastora com todas as honras que um ministério pastoral comum possui.
Há denominações que a mulher chamada para o serviço pastoral, deve exercer na Igreja o seu trabalho, ministerialmente e não burocraticamente, assim, as mulheres trabalham na obra, mas não tomam decisões que dizem respeito a temas de ordem institucional.
É claro que podem existir outros casos de aceitação e não aceitação do ministério pastoral feminino. Mas, as mais conhecidas, são as supracitadas.
Isto, posto, as considerações que faço sobre o meu apoio ao ministério pastoral feminino, sem considerar se é apenas ministerial, ou, também, burocrático, são essas.
1° A vocação ministerial é para todos os sacerdotes santos.
O sacerdócio é para todos os santos. Todos, homens e mulheres, foram chamados para servir a Deus e a Sua obra. Em cristo não distinção entre clero e laicato, homens e mulheres. Neste sentido a mulher pode exercer o sacerdócio pastoral.
2° A vocação ministerial é um dom.
O ministério pastoral é um dom dado por Deus a quem ele quiser. Se Deus por sua soberana vontade conceder esse dom a uma mulher, quem somos nós para não impormos as mãos e abençoá-las como pastoras. Se o desempenho da mulher no trabalho pastoral confirma o seu chamado pastoral, porque não consagrá-la. É interessante que ungem-se evangelistas, missionárias, cooperadoras e até doutoras, mas não pastoras, penso que há uma hipocrisia nisto. Consagram-se diaconisas, mas não pastoras, sendo que ministério pastoral é diaconia.
3° Os dons espirituais são concedidos pelo Espírito Santo a toda carne.
Os dons que são necessários para o ministério pastoral são concedidos a todos, sem discriminação. Homens e mulheres possuem dons espirituais. É interessante que na Igreja as mulheres exercem com os seus dons todo tipo de liderança e, porque não, exercer, também a liderança pastoral.
4° Serviço ministerial feminino é evidenciado pelas Escrituras.
Febe era serva da Igreja, uma mulher digna de ser chamada santa, uma mulher que auxiliava muita gente e até mesmo o apóstolo Paulo na Igreja. Uma mulher recomendada à Igreja pelo apóstolo. Priscila era uma colaboradora de Paulo no evangelho, uma mulher que arriscava a vida pela obra. Tinha uma igreja em sua casa e era uma mulher que tinha sabedoria para ensinar a palavra, que é uma prerrogativa para o ministério pastoral. Sem falar em Maria, que foi a primeira pessoa e ver o Cristo ressurreto e receber Dele a missão de anunciar a sua ressurreição. As escrituras apoiam o ministério feminino na Igreja.
5° As mulheres têm demonstrado capacidade para exercer o ministério pastoral.
A capacidade que as mulheres têm demonstrado para exercer o ministério pastoral é evidente. São muitas mulheres que, com amor e dedicação, cuidam do rebanho a elas confiado. Pregam com lucidez, visitam com amor, aconselham com sabedoria, lideram reuniões do conselho com maestria e em tudo são exemplos para o seu rebanho. Muitas mulheres sacrificaram a vida pela missão, evangelizaram, pregaram, fizeram discípulos, mas na hora de ministrar os sacramentos, batismo e ceia, ficavam à parte, para que um pastor realizasse esse trabalho. Na hora de “arrancar os tocos” na obra de evangelização as mulheres eram indispensáveis, no momento em que a igreja era formada, um pastor teria que ser chamado para pastorear a igreja, e a “missionária” tinha que sair para abrir novos caminhos para a propagação do Evangelho.
Ultimamente as coisas têm mudado muito, e as missionárias já podem ministrar os sacramentos e pastorear sozinhas uma igreja, só não podem ser chamadas de pastoras. Mas, isto mudará ainda mais, porque o ministério pastoral feminino está ganhando espaço, sem tirar o de ninguém, é claro.
Essas são apenas algumas considerações, de tantas outras, que fortalecem o ministério pastoral feminino, que dão apoio para que mulheres chamadas para o santo ministério pastoral apascentem o Rebanho do Sumo Pastor.
No que diz respeito a exercerem apenas ministerialmente, ou, também, burocraticamente, fica a cargo de cada denominação, e suas leis e regimentos internos.
Apenas no evangelho, em que discernimos o chamado para o ministério pastoral a todos.
20 comentários
Paz!
ResponderExcluirNossa,muito bom esse artigo...me encontro em uma denominação,onde quem está a frente é uma mulher..uma Pastora..e sinto uma regeição por ser uma mulher na frente da obra.E o senhor já usou varios vasos pra dizer que a igreja será um ministerio de mulheres,e assim o senhor está fazendo..com este artigo,eu terei arcumentos para defender minha igreja,minha pastora.
Uma benção esse blog.
Que o senhor continue abençoando todos vcs.
O engraçado é que sendo dom,não foi dado a nenhuma mulher na igreja primitiva,isto é foi negligenciado pelos apostolos,pastores,e pelo próprio Jesus.
ExcluirPassagens usadas para respaldar o pastorado feminino,nãos são claras,e dependem de interpretação.
Interpretação esta, que só foi trazida no século 20,após o movimento feminista.
Isto é,quando a igreja é moldada pelos valores seculares,valores estes que se opõem a s doutrinas biblicas. Não demora muito, homossexuais tambem reclamarão este dom,já que o parametro não é a biblia,e sim a cultura secular!!
Paz mano Óséias!
ExcluirComo bem expressamos no início, este post, nem de longe, procura dar uma interpretação final sobre o assunto, mas apenas o nosso apoio ao ministério pastoral feminino. Você tem o direito de discordar da nossa posição, mas acho que que poderia ter feito isto sem muito radicalismo. Concluir que se mulheres de Deus forem consagradas e ordenadas ao ministério pastoral, ministério este que, mesmo sem ser reconhecido, é exercido na maioria das igrejas, abrir-se-á um caminho para outros reclamarem tal ministério e ir longe demais. Pois, quer seja uma doutrina, quer não, a Bíblia retrata o envolvimento de mulheres tanto na história do judaísmo quanto do cristianismo, portanto, não há nada de secular em se reconhecer um autêntico trabalho ministerial feminino.
Desde já agradeço a sua opinião e peço que continue lendo o blog.
PAZ!
Sandro VS
Paz, Julyanna.
ResponderExcluirAcreditamos no ministério pastoral feminino. Que bom que este blog poderá ajudá-la a defender o pastorado feminino.
Deus abençoe você e sua pastora!!!
Flávio Santos
É complicado mesmo esse tema, mas não vi referências bíblicas pra tal defesa, nós discipulos de Jesus não podemos pregar o evangelho apenas "achando" mas obedecendo a palavra de Deus como orientação divina e não constituída por homens. E mesmo não podendo ser pastora a mulher, mãe, auxiliadora tem muita importancia para a obra de Deus e para o núcleo familiar e para uma igreja santa. O lar é o mais importante ministério da igreja(mais até que a igreja instituida).
ResponderExcluirQue Deus abençoe a todos
Fabricio Marques
Fabrício,
ResponderExcluirE como é complicado!!!
Não coloquei referências bíblicas, uma falha minha, boa observação a sua, Mas as minhas colocações são todas baseadas na Palavra do Evangelho. É claro que não tive a preocupação de expor textos, mas expus um texto com palavras que fazem sentido com o sentido do evangelho no coração.
Não estamos escrevendo e pregando, como discípulos, APENAS EVANGELHO, "achando" alguma coisa, mas com profundas convicções firmadas no evangelho.
Com relação a sua colocação sobre a importância da mulher como mãe, não sendo pastora, achei muito importante. E a observação que o lar é mais importante que o ministério da igreja... interessantíssimo também.
Agora, essa questão não se resolverá por aqui. Respeito sua opinião
Obrigador por ler o Blog e ter feito esse comentário.
Continue lendo e comentando, concordando ou não.
Abraços,
Flávio Santos
Como este blog sugere comentários no ponto de vista de "apenas evangelho" é importante ter uma colocação baseada em textos dos evangelhos para as opniões direcionadas por temas. Sugiro uma leitura no link abaixo sobre o tema de ordenação feminina, ficará mais equilibrado o pensamento, principalmente do ponto de vista presbiteriano:
Excluirhttp://www.slideshare.net/adson232/ministerio-feminino-por-alan-renn-alexandrino-lima
Grato
Pr Marco
Paz,
ExcluirConhecia e já havia lido os argumentos dos autores citados no link antes de escrever meu post.
A visão deles é reformada e ortodoxa. Respeito muito.
A questão é parecida com a contemporaneidade dos dons, a maioria dos reformados não aceita e cintam "n" textos defendendo sua visão. Eu, como presbiteriano renovado, acredito nos dons para a igreja atual.
No caso do ministério feminino, eu não consigo deixar de ver a questão cultural que permeava os autores bíblicos no desenvolvimento de suas argumentações.
Leia esse link de um pastor presbiteriano me ajudou muito na visão que tenho sobre o assunto: http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/329/ordenacao-feminina
Obrigado pelo comentário!
Abração,
Flávio Santos
Boa tarde,
ResponderExcluirNão Publicamos comentários feitos por anônimos.
Agradecemos à compreensão.
Flávio Santos
Só totalmente contra essas opiniões expressada nesse artigo, não porque acredito que uma mulher não possa ser uma pastora de excelência, mas pelo perigo de uma mulher usar de autoridade sobre homens.
ResponderExcluirAcredito no Ministério pastoral como uma chamada para o casal, pois como uma mulher pastora pode tratar de um assunto como conflito sexual de um homem? como ela poderia direcioná-lo? existe também uma forte tendência de mulheres de Deus influenciadas por mulheres do mundo que acreditam que só terão valores se exercerem autoridade sobre homens e o resultado disso nós estamos vendo no mundo: a masculinidade dos homens sendo totalmente anulada...invertendo os papeis estabelecidos por Deus.
Acredito que uma mulher poderá ser pastora mas uma pastora auxiliar, a igreja precisa ter como cabeça um homem porque esse é o mandamento do Senhor "que a mulher não tenha autoridade sobre homem".
Mas é vísivel um certa disputa das mulheres por dominarem no meio dos homens e isso é claramente uma influencia do mundo pois porque a palavra auxiliar fere quando é dita a certas mulheres? isso não seria uma atitude de feminismo? pois uma mulher tratada ou até mesmo um homem curado não se importa com nomenclaturas pois tem como foco exercer um bom trabalho para o Reino de Deus.
A coisa é mais agravante ainda quando a mulher casada quer ser pastora enquanto o seu próprio marido fica como seu auxiliar, nessa situação é visível a passividade do homem e até deprimente de se vê e ainda há também pelo o outro lado homens pastores que não reconhecem o ministério de suas esposas como pastora como se eles sozinhos soubessem administrar a igreja, acredito ser os dois lados dessa moeda um desequilíbrio que satanás tenta trazer para nossas igrejas o resultado disso: homens passivos com a suas masculinidades sufocadas, mulheres masculinizadas e mandonas e famílias e igrejas totalmente desestruturadas.
O ideal é o casal que sabe que são uma só carne exercam o ministério pastoral com graça e equilibrio.
Eu mesmo sou pregadora, porém só oro sobre a cabeça de um homem quando estou debaixo da autoridade do pastor da igreja onde estou pregando. Nós mulheres precisamos conhecer os nossos limites pois samos vasos mais frágeis. Sei que isso não é facil para nós mesmo porque satanas usou o machismo até mesmo no meio dos homens de Deus para sufocar a feminilidade da mulher, porém Deus nunca nos impediu de ocupar nenhuma posição na igreja...seja pastoras, líderes cantoras profetas...porém a liderença geral da igreja deve ficar nas mãos de um sacerdote.
Shirley,
ExcluirÉ um direito seu discordar do artigo, e fazer suas considerações, sobre o Ministério Pastoral Feminino.
Entretanto,o artigo não incentiva as mulheres exercerem autoridade sobre os homens, mas, sim, cinco considerações para o incentivo à aceitação do pastorado feminino.
Se for como auxiliar ou titular, burocraticamente e/ou ministerialmente, fica a cargo de cada denominação e suas confissões.
De um modo geral, ainda que a mulher esteja sozinha em uma Igreja, está debaixo da autoridade de um pastor e uma Igreja. Se for casada, o seu esposo poderá ajudá-la no aconselhamento, se solteira, é bom que auxilie mesmo. Agora, as igrejas que são fundadas e pastoreadas por mulheres, não escrevi nada sobre o assunto, quem sabe seja um bom tema para outro post.
Obrigado por ler o post, discordar e comentar.
Deus abençoe seu ministério kerigmático.
Abraços,
Flávio Santos
oi minha amada apaz de Cristo tdo bem c vc neh? o que vc me diz sobre Deus levantar Débora, sendo uma mulher, frágil, como líder de todos aqueles homens, fortes e de guerra?? na minha opinião, Deus usa quem ele quer, e se dispõe a obedecer, a sua vontade absoluta
Excluiré verdade o assunto é amplo e deve ser amplamente discutido, pois não podemos sair de um extremo onde as mulheres foram proibidas de falar na igreja para outro extremo onde as mulheres usam de autoridades sobre os homens de Deus, o equilíbrio é a saída.
ResponderExcluirPorém não tem como uma mulher ser a pastora titular da igreja e não exercer autoridade sobre os homens da congregação, realmente não vejo essa possibilidade.
Engraçado que na maioria das igrejas que vou nessa situação tem muito poucos homens em sua grande maioria acabam sendo mulheres, talvez essa seja uma maneira de Deus proteger essas pastoras.
Mas parabéns pela iniciativa de tocar nesse assunto e também quebrar um pouco dos preconceitos em relação ao ministério de mulheres.
Leia o artigo do Augustus Nicodemus Lopes:Ordenação feminina: o que o Novo Testamento tem a dizer?
ResponderExcluirhttp://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_II__1997__1/ordenacao....pdf
Gente boa,
ExcluirJá li e reli esse artigo do Rev. Augustus Nicodemus, bem antes de escrever o que escrevi acima.
Artigo respeitado de um autor respeitado!
Obrigado,
Flávio Santos
Infelizmente essa pratica de ordenar mulher ao pastorado é algo comum hoje em muitas igrejas, muitos líderes estão desprezando a ordem bíblica (1 Timóteo 2.12) que proíbe que a mulher exerça autoridade eclesiástica sobre o homem, esses mesmos lideres fazem interpretação ao seu bel prazer dos textos bíblicos que proíbem e essa pratica. Muitos fazem assim simplesmente para ordenarem esposas, filhas, noras, netas e irmãs da igreja que tem um certo poder aquisitivo ao ministério pastoral. Mas uma coisa é certa, tais pessoas que estão submetendo a igreja a uma pratica ante bíblica e absurda, pagarão um preço muito alto diante de Deus. Só quero lembrar a esses líderes de grandes igrejas que estão com essa atitude absurda de ordenar mulher ao santo ministério pastoral. Que no primeiro concilio da Igreja em Jerusalém no ano 52 D.C. Só encontramos homens tomando decisões que a igreja precisava (atos 15). No meu blog eu provo a luz da bíblia que essa pratica é ante bíblica.
ResponderExcluirFabiano Sales,
ExcluirAcabei de ler no seu blog as considerações que faz sobre ministério pastoral feminino. São bons argumentos. Boas interpretações dos textos citados.
Eu teria que expor todos os textos que você citou em outra ótica, mas isto me daria uma imenso trabalho. Em outra oportunidade posso fazer isso.
Respeito seu ponto de vista!
Mas o que me deixa preocupado é o fato de você afirmar que quem consagra mulheres ao ministério vai pagar um preço muito alto diante de Deus. Mesmo que com humildade e reverência ao texto sagrado tentemos interpretá-lo, podemos falhar. Mas isso não quer dizer que vamos pagar qualquer preço diante de Deus.
Os que consagram mulheres ao santo ministério, pela interpretação dos textos que dão margem á isso, o fazem para glória de Deus. E isso não implica vida ou morte, apenas prática eclesiástica.
No mais, Abs,
Obrigado o comentário!
Flávio santos
Fabiano! A paz meu irmão. Vejo nisso tudo,também um pouco de malícia, pois como; creio eu que em cem por cento das igrejas a maioria é mulher, o que é até óbvio, pois a maior parte da população mundial é constituída de mulheres, então é conveniente agradar, massagear o ego para não perder os clientes e até mesmo ganhar mais força. (1Pe. 3.6 como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornaste filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma). Irmãs não seria melhor não temer perturbação alguma? É só obedecermos o que foi ordenado para a igreja do Senhor e se alguém trouxer outro evangelho, diferente do que os Apóstolos nos deixaram, seja anátema (Gl.1.8-9). Pensem nisto, orem por mim.
Excluiracho esse comentário de uma inteligência profunda. Estamos vivendo tempos modernos e pregamos que a Bíblia é contemporânea. Portanto, se assim cremos, devemos aceitar com liberdade determinadas mudança que a atualidade nos impõe. Claro que não estamos submissos a aceitar tudo, mas, como disse o apóstolo Paulo, "reter o que é bom". Parabéns.
ResponderExcluirAté hoje nunca emcontrei uma mulher com dom pastoral ou chando pra pastora .as que se disem pastoras são mulheres rebeldes fracas no dom da palavrae não aceitam as escrituras mulheres Pastoras e satanismo puro rebeldia e geralmente estão em seitas doutrinas de homens corruptos
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