APENAS MISERÁVEIS PECADORES, RECEBEM, APENAS, ABUNDANTE GRAÇA.
13:29Apenas Evangelho
por Flávio Santos
“Pelo que,
como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. Porque até
à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei. No
entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não
pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que
havia de vir. Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela
ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça,
que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. E não foi assim o dom
como a ofensa, por um só que pecou; porque o juízo veio de uma só ofensa, na
verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para
justificação. Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito
mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida
por um só, Jesus Cristo. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre
todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a
graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como, pela
desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela
obediência de um, muitos serão feitos justos. Veio, porém, a lei para que a
ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; para que,
assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para
a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor”.
Rm 5. 12 - 21
Durante o desenvolvimento das grandes
doutrinas da fé cristã, todas, de alguma maneira, sofreram oposições dos que
não acreditavam em um corpo de doutrinas que pudessem balizar a Igreja. Com a
doutrina da graça não foi diferente, enfrentou vários tipos de argumentos
contrários e que de alguma forma tentaram minar as suas bases.
O que esses argumentos têm em comum,
além, é claro, de uma visão deturpada da graça. É uma visão errada da condição
do homem, pois todos afirmam que o homem não está totalmente depravado e existe
algo de bom nele. Daí terem um mau entendimento da graça de Deus.
É sobre estes assuntos, pecado e
graça, que Paulo fala nestes versículos. O pecado entrou no mundo por um homem
chamado Adão, e, este pecado, gerou a morte, e a morte passou a todos os
homens, por isso, todos, indiscriminadamente, pecaram. São pecadores. O termo
pecar utilizado aqui significa pecar por corrupção e totalmente depravação.
Além de ressaltar a total depravação do homem em Adão, Paulo traz à baila a
sublime e maravilhosa Graça de Deus, dizendo que onde abundou o pecado
superabundou a Graça.
Paulo escreve esta carta aos romanos
para suprir a falta do contato pessoal. Por várias vezes havia tentado ir
a Roma, mas, em todas as vezes tinha sido impedido. A Igreja de Roma não era
muito grande. Os seus membros eram judeus e gentios, mas, em sua maioria
gentios.
A carta de Paulo aos romanos não tem o
objetivo de corrigir erros, mas sim de edificar os irmãos daquela Igreja na
palavra do evangelho, do qual ele não se envergonhava, pois sabia que era o
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Esta carta, apesar de ter
sido escrita para uma igreja pequena é chamada de tratado teológico, pois contém
os principais termos técnicos utilizados pela teologia, como justificação,
redenção, adoção, imputação, pecado e graça. O tema central desta carta é a
revelação da Justiça de Deus ao homem.
Nestes versículos Paulo usa a palavra
Graça oito vezes, não por mera redundância, pois sabemos do vocabulário vasto
que o apóstolo possuía, mas para dar ênfase à Graça de Deus. Paulo diz que o
dom gratuito, o presente de Deus, é incomparavelmente maior que a ofensa, que
neste caso é a transgressão de Adão, e também a nossa, que gerou morte a
muitos.
A expressão “muitos”, não quer dizer, muitos
de todos que pecaram, mas, tem o mesmo sentido do versículo 12, quando ele diz
que “todos” pecaram e morreram. Neste texto encontramos a Graça de Deus em sua
plena manifestação ao homem. “Muito mais a graça de Deus”, muito maior que a
ofensa e o pecado do homem, essa graça de Deus, e o dom que é pela graça, são proporcionados,
pela graça, ao homem, abundantemente derramada sobre muitos. A graça de Deus é
o favor imerecido dado ao homem, que em nenhuma hipótese merece nada, pois é
pecador.
No livro, O peregrino de John Bunyan,
conta-se a história de um homem chamado Cristão, que faz uma viagem do pecado à
salvação. Nesta viagem, Cristão enfrenta todos as dificuldades, lutas e armadilhas que a
vida oferece. Perseverando nesta jornada, chega ao seu destino, “o
paraíso de Deus”. Todos que já tiveram a oportunidade de ler o livro, sempre se lembram que o seu nome é
Cristão, mas poucos se lembram do seu nome antes de se tornar Cristão. FALTO DE
GRAÇA.
Nós, também, éramos faltos de graça,
totalmente depravados, mas por sua irresistível graça nos atraiu a Ele para que
recebêssemos, Dele e Nele, todos os aspectos de tão maravilhosa graça. Por esta
graça fomos eleitos, predestinados, chamados, regenerados, justificados,
adotados, santificados e seremos glorificados. Na justificação pela fé e graça
somente, não somos nós que nos justificamos, a nós mesmos, pelas nossas obras,
mas somos justificados pela obra graciosa de Deus. Sola gratia... Somente pela
graça devemos viver.
Em nossa miseravelmente depravação, Deus
em sua abundante e irresistível graça, nos deu a graça de viver por Sua graça e
experimentar todos os benefícios de Sua presença graciosa em nossas vidas.
Apenas miseravelmente pecadores,
recebem, apenas, abundantemente graça.
1 comentários
SOLA GRATIA!!!!
ResponderExcluir