PERIGO, MATERIAL INFLAMÁVEL!
10:27Apenas Evangelho
Então os olhos deles foram abertos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles. E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles, os quais diziam: O Senhor ressuscitou e já apareceu a Simão! Então, os dois contaram o que lhes acontecera no caminho e como fora por eles reconhecido no partir do pão.
Lucas 24:31-35
Entre todos os relatos registrados sobre Jesus nos Evangelhos, o mais significativo para os discípulos foi o da ressurreição. Isto se vê na maneira peculiar que cada um mostra este decisivo momento.
Por exemplo, Mateus fala do grande terremoto gerado pelo o anjo com aspecto de relâmpago e roupas brancas como a neve, Marcos registra a crítica feita por Jesus aos seus discípulos por não darem crédito aos que O haviam visto ressurreto, João narra o encontro no mar da Galiléia e como Jesus restaurou Pedro após este tê-lo negado.
Lucas, visto que Marcos apenas cita este episódio, menciona com detalhes o encontro de Jesus com dois discípulos que faziam parte do círculo mais amplo de seguidores. Até aqui Lucas havia falado do túmulo vazio, da mensagem dos dois homens com roupas resplandecentes e da visita de Pedro ao túmulo, mas só agora ele vai falar do Cristo ressurreto como uma notícia concreta, ou seja, trata-se, agora, do vivo e comovente relato da aparição do Salvador ressurreto.
Lucas inicia seu relato dizendo que estes dois discípulos estavam caminhando para uma aldeia que ficava cerca de onze quilômetros de Jerusalém. A tristeza estava estampada em suas faces e em suas palavras, pois ambos acreditavam que o Mestre ainda estava morto, mas no meio do caminho, e de uma maneira secreta, Jesus os alcança na viajem e começa um diálogo.
Jesus, se fazendo passar por um verdadeiro forasteiro, quer se inteirar da conversa e dos fatos recentemente acontecidos ao que os dois param tristes. O que segue então é um desabafo destes homens, pois eles, sem saberem o porquê e nem para quem, abrem o coração e externam sua decepção e tristeza. O ápice deste desabafo está na seguinte frase:
“Nós esperávamos que fosse Ele o que traria a redenção a Israel.”
Suas esperanças ainda estavam voltadas ao homem que iria libertar Israel das mãos da força ocupacional romana, ou seja, para aquele que traria salvação para Israel ao libertar seu povo da servidão dos romanos, por isso não percebem que a esperança estava caminhando ao lado deles e assim mostram um total desespero com a morte de Jesus.
O mais impressionante é que Jesus não se revela a Eles em pessoa, pelo menos não até aqui!
A revelação segue outro caminho, ou seja, Jesus se apresenta no Evangelho, começa a mostrar, através das Escrituras, como tudo isto era necessário, ou seja, Jesus mostra a importância do Seu sofrimento, da Sua cruz e da Sua morte por meio de um plano Salvador estampado nas Escrituras.
O coração queima, arde com esta revelação, mas tem só algum sentido quando a ressurreição se concretiza neles e para eles, ou seja, enfim Jesus se apresenta ressurreto e da mesma maneira misteriosa com que apareceu no caminho vai embora.
O que ficou?
Tudo!
Jesus permanece neles pelo testemunho do Evangelho e da ressurreição!
“Ele vive!”, é o que eles passam a proclamar, ou seja, a exposição do Evangelho fez com seus corações ardessem e queimassem e a prova da ressurreição fez com seus corações explodissem em vida.
É só assim que se nasce de novo, pelo testemunho do Evangelho de Cristo e participação na Sua ressurreição.
A combinação destas verdades eternas resulta na detonação súbita de um novo ser que, agora, vai viver internamente e eternamente redimido.
Neste sentido, e só neste, eu quero mais é que todos se explodam!
Soli Deo Glória!
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