MERGULHO CERTEIRO.
10:09Apenas Evangelho
Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos. Vendo-o deitado e sabendo que vivia assim havia muito tempo, Jesus lhe perguntou: Queres ser curado?
Por Sandro VS
Jesus certa vez disse: "Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis, porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodÃgios para enganar, se possÃvel, os próprios eleitos".
Aqui está um conselho que, principalmente em nosso paÃs, não é levado a sério nem de longe. O que acontece aqui é o oposto, ou seja, são os cristãos que saem perguntando "ele está por aqui?".
Isto porque os milagres e sinais sempre fascinaram os homens. Este texto mostra este misticismo aflorado na própria Jerusalém, a Terra Santa dos judeus. Jesus se encaminha a um lago famoso cujo nome era Betesda, que significa Casa da Misericórdia, a palavra usada para tanque significa mergulhar, ou seja, o lago era o suficientemente profundo para nadar. João nos informa que ali ficavam deitados não poucos doentes de todo os tipos de debilidades. Aguardavam por um momento raro que acontecia sem aviso prévio, ou seja, em algum momento do dia, sabe-se lá por qual razão, Deus mandava que um de seus anjos descesse e movimentasse a água, tornando-a medicinal, quem estivesse atento a este tão ligeiro quanto aguardado momento, e mergulhasse na água, tinha a chance de ser curado.
Não faltavam no mundo antigo superstições como esta, naquela época (assim como hoje) o povo cria em todos os tipos de espÃritos e demônios e, além disso, este povo se sentia impressionado, de forma especial, com o caráter sagrado e santo que se atribuÃa à água e, particularmente, aos rios e vertentes. Os que, neste tanque de Jerusalém, esperavam destas águas, eram filhos de sua época que criam nas coisas de sua época.
Jesus, dentre todos aqueles e por razões próprias, escolhe um, provavelmente alguém conhecido do local e que morava ali, pois João possui até a informação precisa do tempo em que Ele estava naquela situação, por isso este era o exemplo perfeito para o que Jesus pretendia ali. Tudo começa com uma pergunta simples, "queres ser curado?", era só responder, mas esta crendice popular estava tão impregnada naquele homem, provavelmente por estar ali há tanto tempo, que ele só pensa no tão aguardado movimento da água, e mais, como era, provavelmente, um dos mais velhos ali e nunca conseguiu seu objetivo, culpa os outros por isso. Jesus não se deu o trabalho de dar uma conferência a este homem a respeito da vazia superstição de esperar até que se agitassem as águas. O único desejo de Jesus era mostrar que, desde toda a eternidade, nunca houve poder proveniente de lugar ou de coisa alguma a não ser do Deus Triuno e com sua palavra poderosa curou o homem que tinha esperado durante tanto tempo.
Nunca existiu cura neste tanque, seja pelo poder das águas ou pela crença na superstição. Isto só aconteceu quando o Senhor de todos visitou aquele lugar, a prova disto, é que este versÃculo não aparece na maioria dos manuscritos mais importantes. Provavelmente era uma nota que ficava no rodapé destes textos para explicar o motivo de haver tantos doentes ali. Com as várias cópias produzidas foi incluÃdo no texto, mas ainda assim com o intuito de explicar e não de afirmar cura alguma, pois na verdade, a suposta cura só existe nas palavras do doente e nunca nas de João ou Jesus.
Hoje é diferente?
Não! Estes tanques existem em, praticamente, todos os lugares e ainda amontoam milhares de enfermos. A única diferença é que hoje é televisionado. O misticismo ainda impera no meio daqueles que deveriam crer única e exclusivamente nas palavras de poder Daquele que não precisa mover águas ou mandar anjos pra isso, mas que cura simplesmente por graça e misericórdia.
Por isso reescrevo o que escrevi no começo com a esperança que deem crédito a esta advertência:
"Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis, porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodÃgios para enganar, se possÃvel, os próprios eleitos".
Soli Deo Glória!
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